"Mais Que Um Amigo" - Capítulo 3





"Mais Que Um Amigo" - Capítulo 3

Narrado por Lua
Eu sabia que, mesmo em um dia que estivesse de bom humor, odiaria ter física nas primeiras aulas. Nos próximos seis meses, logo de manhã, estaria lidando com equações confusas e experiências de laboratório chatas. Acho que ninguém deveria ter de encarar assuntos como matemática ou coisa parecida antes do almoço. Sentada, ouvindo a voz da Sra. Gordon para lá e para cá resmungando alguma coisa sobre velocidade, eu olhava para o rosto de Arthur. A expressão dele variava como se estivesse meditando sobre algum fato que tivesse achado realmente interessante. Pressenti que pensava sobre a nossa aposta, e a maneira arrogante com que se sentava, com os ombros jogados para trás, me provocou uma sensação de mal-estar. Não era justo. Arthur sempre tinha muita sorte e eu, não. Uma vez ele tinha me convencido a ir junto com ele e sua avó a um bingo em um centro para pessoas da terceira idade. No fim da noite, Arthur havia ganhado uma boa grana. Quando finalmente consegui vencer uma rodada, o prêmio não era em dinheiro, mas uma daquelas camisetas com a inscrição: "Minha vó esteve nas cataratas do Niágara e tudo que ela me trouxe foi esta camiseta vagabunda". Depois daquela noite, toda vez que a avó dele estava por perto, ele insistia para que eu usasse essa camiseta. E ainda por cima verde-limão NÃO é uma das minhas cores preferidas!
Quando o sinal tocou, a Sra. Gordon ainda resolvia o primeiro conjunto de questões. Tinha tanta coisa anotada que dava a impressão de que a gente estava escrevendo um tratado. Acho que é assim mesmo que se parecem todos os problemas físicos. Antes de sairmos da sala, Arthur me passou um pedaço de papel que estivera rabiscando durante a aula. Tinha desenhado a si mesmo dentro de um grande coração e eu do lado de fora, tentando lançar uma flecha. Sobre a cabeça da minha figura estava um balão com a inscrição: "As de cabelos loiro intenso se divertem mais".
- Rá, rá, rá. - disse secamente - Você vai ficar só pensando nessa aposta idiota durante os próximos quatro meses?
Arthur  arreganhou um sorriso meio safado e me deu um tapinha nas costas.
- Claro que não. Logo, logo vou estar apaixonado que não vou ter mais muito tempo para curtir a minha vitória. - Respondeu dando um puxãonzinho em meu cabelo, e foi embora.
Arrastei para meu armário aquele enorme livro de física que mais parecia de chumbo. Mal tinham dado às dez horas, e o dia já estava com cara de ser o pior de toda a minha vida no colegial. Fechei a porta do armário com tanta força que, além do barulho, fiz chacoalhar todo o conjunto de madeira em volta.
- Mal dia no trabalho, querida? – comentou uma voz sacana, se fazendo de meiga.
- Mel... Liguei pra você umas cinco vezes ontem.
- Desculpe. Meu pai insistiu para que nós visitássemos o Museu de Cera, quando voltávamos de Monterrey. Daí demoramos mais meio dia andando de carro e só chegamos tarde da noite. Meu traseiro ainda está adormecido de tanto tempo que fiquei sentada.
Dei uma risada e a abracei forte. Depois de Arthur, Mel era a minha melhor amiga. Muito alta, magra e morena, ela tinha aquele olhar perdido que se vê nas modelos de revistas de moda. Era, porém, muito realista e não se considerava nada de especial. Ao contrário, chegava mesmo a se achar um tanto esquisita por não ter muito seio.
- Então, como foi à reunião da família Fronckowiak – perguntei.
Ela olhou para o teto e juntou as mãos como quem reza:
- Meu pai e meus tios ficaram três dias competindo para ver quem era o melhor pescador. À noite eles jogavam xadrez até tarde, e isso provocava chiliques em minha mãe. Enquanto isso, meus priminhos a toda hora precisavam trocar as fraldas. E adivinhe quem é que sobrou para tomar conta dos pimpolhos?
- Em outras palavras, foi exatamente como você esperava.
Peguei um pente de dentes largos em meu bolso. A umidade estava fazendo com que meu cabelo ficasse todo crespo e, se não cuidasse dele, iria acabar parecendo que tinha um vassourão na cabeça. Mel segurou meu livro de historia para que eu pudesse me pentear direito. Fazia mais de dois anos que a gente fazia essas mesmas coisas.
- Sim, foi exatamente como eu pensava. - ela confirmou - Mas aconteceu uma surpresa legal.
- Já sei, você se apaixonou pelo seu instrutor de equitação – arrisquei, pegando de volta o livro de historia.
- Muito melhor. – respondeu ela, com um sorriso malandro.
Como naquele momento se apaixonar era um assunto da maior importância para mim, não consegui imaginar o que poderia ser melhor.
- O quê? – perguntei.
- Em duas palavras. Sutiã Maravilha. Minha tia me deu um.
- Você é uma doida. – suspirei.
- Não sou mais. Com esses truques de mulher, eu finalmente vou ter aquilo que mereço. – retrucou Mel, faiscando com olhos castanhos.
Começamos a caminhar pelo saguão. Olhei para ela e, até onde podia perceber. Mel parecia à mesma.
- Não quero ser desmancha-prazeres, mas não estou notando nenhuma diferença.
- Bem, é que não estou usando agora. Hoje de manhã fazia tanto calor que eu não estava a fim de todo aquele enchimento colado no corpo. Mas deixa estar, quando o outono chegar vou mandar ver.
Dei uma risadinha. Mel sempre arranjava um jeito de fazer com que até o argumento mais furado parecesse totalmente lógico. Essa era uma das coisas que eu adorava nela.
- Tenho certeza de que você vai fazer inveja na Dolly Parton – Concordei, lembrando a cantora peituda, rainha da musica country.
Estávamos indo para a aula de redação, que era uma das matérias que eu queria fazer desde o primeiro ano. Mel e eu adorávamos fazer poesias e às vezes escrevíamos histórias juntas, cada uma redigindo uma sentença.
- Isso vai ser antes ou depois de ganhar o premio de melhor musical da Broadway?
Havíamos chegado à sala da Sra. Heinsonh. Como a porta estava aberta pude vê-la arrumando as classes em círculo. Ela acenou quando nos avistou, chamando para sentar.
- Lua e Mel, que bom vê-las. Sabiam que vocês serão as vítimas de minha primeira atividade em classe. Sempre tenho dificuldades para arrumar alguém que leia os textos para o resto da turma.
- Não olhe para mim. – disse Mel - Não vou ler nada em voz alta no primeiro dia de aula.
A Sra. Heinsonh virou pra mim.
- Lua, posso contar com você?
Dei de ombros. Não tinha certeza se estava a fim de fazer a leitura.
- Pode ser. – respondi.
Mel e eu sentamos uma ao lado da outra. Peguei meu caderno novo (tinha uma capa preta brilhante com um calendário impresso dentro) e usei corretivo liquido para escrever e estava "Redação" na capa. Quando estava quase pintando meu dedinho com o corretivo, Mel me cutucou.
Micael Borges circulava pela sala de aula e vinha direto para nosso lado. Fiquei sem fôlego por um instante e, sem querer, coloquei a mão em cima do título "Redação", que ainda estava molhado.
Eu sentia uma grande queda por Micael desde o dia em que tinha assistido sua atuação, durante a apresentação dos calouros do Elite Way. Cabelos escuros, olhos negros e pele morena, Micael sempre chamava a atenção.
Agora era o vocalista principal de uma banda chamada Radio Waves, e todas as garotas de todos os graus eram caidinhas por ele. Nos últimos três anos fomos colegas em várias matérias, porém mal nos falávamos. Uma das razões é que ele namorava Sophia, a bonita líder de torcida que estudava um ano a nossa frente. E, mesmo que estivesse sozinho, uma garota como eu não teria a menor chance. Ele poderia namorar qualquer aluna da escola.
Mel debruçou-se para o meu lado.
- A fofoca é que Sophia deu o fora em Micael quando ela se formou. E que ele agora está livre.
Procurei manter à calma me lembrando de que não havia chance de Micael vir se interessar por mim. Tudo o que a notícia inesperada de Mel significava era o fato de que eu teria que me acostumar com a idéia de ver Micael abraçando uma garota diferente a cada dia... Mas nunca a mim. Não era isso o que eu queria. Apoiei o queixo sobre uma das mãos de tal maneira que meus dedos podiam esconder uma pequena pinta que tenho na bochecha do lado esquerdo, só para o caso de ele olhar em minha direção. Mesmo adorando a aula de Redação, fiquei a maior parte do tempo disfarçando umas olhadinhas para Micael. O fato de ele ter escolhido esta matéria o tornava mais misterioso e atraente. Talvez ele fosse um novo Ernest Hemingway. Suas pernas longas esticadas cortavam o círculo formado pelas cadeiras. Não me lembro nunca de ter achado uma calça jeans tão fascinante.
Depois que a Sra. Heinsonh explicou a estrutura dos poemas haiku, nos deu quinze minutos para escrever um. Tudo o que consegui foi colocar meu nome no alto da folha. Acho que a Sra. Heinsonh percebeu que eu estava distraída e pediu para Jack Duarte lesse seu poema para a classe.
Num dado momento Mel me passou um bilhetinho perguntando: "Como vai o Arthur?” Um dia ela tinha tido uma grande queda por Arthur, mas, se me lembro bem, nunca fez nada em relação ao assunto. Acho que era porque ela sabia das histórias de Arthur com as garotas e não o considerava um bom candidato a namorado. Mel tinha uma teoria esquisita de que nosso destino, meu e de Arthur, seria ficarmos juntos. Cansei de falar que não sairia com Arthur mesmo que ele fosse o último dos garotos disponíveis na face da Terra, e ela apenas me encarava com um sorrisinho nos lábios. Nos últimos minutos de aula a Sra. Heinsonh determinou a tarefa para a próxima sexta-feira. Nós teríamos de escolher uma poesia, ler em voz alta na sala e depois explicar seu conteúdo. Mentalmente repassei a lista de meus poemas favoritos, sempre relembrando o que cada um deles significava para mim...
- Me encontre na fila do almoço. – pedi a Mel, enquanto ela saia para aula de calculo.
Ela fez um gesto de cabeça, que concordava, e me voltei, seguindo até o armário. Ainda tinha mais duas horas de aulas antes de enfrentar aquele ambiente chato do restaurante. Antes que eu saísse, porém, senti alguém pegando em meu braço. Fiquei vermelha imediatamente. Mesmo ele nunca tendo tocado em mim, meu sexto sentido me dizia que, quando me virasse, daria de cara com Micael.
- Oi Lua, como vai? - Seus olhos castanhos eram quentes, e me senti quase desmaiando, como uma donzela dos tempos antigos, ou da Idade Média.
- Ah, bem. Eu estou bem. - Odiei a mim mesma naquele momento. Micael provavelmente era um poeta incrível, e eu acabara de murmurar a resposta mais sem graça do mundo.
Ele se aproximou ainda mais de mim, o que me fez sentir um arrepio. Troquei os livros de braço e procurei parecer descontraída.
- Você me faria um grande favor? Pelos velhos tempos? – perguntou ele.
Não sabia que velhos tempos eram esses de que ele falava, mas eu estava, sim, querendo lhe fazer um grande favor.
- Claro – respondi sem fazer idéia do que se tratava - Como posso ajudar?
- Eu não sei muito sobre poesia. Você poderia me dar umas dicas? Talvez me explicar sobre o que é bom e o que não é, e todas aquelas coisas?
Ele parecia envergonhado de verdade, e isso me derreteu o coração.
- Sem problemas. – respondi - Mas, se você não é muito chegado em poesia, porque escolheu essa matéria?
Ele fez uma cara de surpresa e apontou a secretaria.
- Problemas com o horário
Concordei em silêncio. Mesmo que Micael não fosse o próximo Quintana, ainda continua sendo um dos garotos mais bonitos da escola.
- A gente se encontra na biblioteca, amanhã depois da aula. – combinei, como se aquele encontro fosse normal.
Ele me deu um apertãonzinho no braço e foi embora. Pensei em minha aposta com Arthur enquanto reparava que toda garota no saguão arriscava um olhar na direção de Micael. Era possível que um novo dia estivesse nascendo na vida de Lua Blanco. E não me importava qual era o motivo, se o destino, se uma confusão de horário, o que quer que fosse. Micael tinha pedido a minha ajuda para o trabalho.
Depois da aula encontrei Arthur correndo na pista de atletismo do colégio. Ele dizia que gostava de usar aquela pista porque era fácil de saber quantos quilômetros havia corrido. Mas sempre achei que gostava mesmo era de ter todas as garotas olhando pra ele. Ele diminuiu a velocidade quando me viu. Eu estava contente e não pude esconder um sorriso. Não era sempre que tinha a oportunidade de apresentar
- Ei, Lua. O que foi? – Perguntou ele, apoiando-se em meu ombro para poder esticar e alongar os músculos da perna.
- Bem, acho que não vai dar em nada, mas Micael Borges me pediu ajuda com o trabalho de redação.
Nunca fui de falar sobre meus romances sem me subestimar, então esperei que Arthur comentasse para ter certeza de que o pedido de Micael significava alguma coisa.
Ele ficou quieto por alguns instantes. Em seguida voltou a ficar em pé normalmente e me olhou...
- Micael Borges? Não me diga que você gosta daquele panaca?
Não acreditei que Arthur acabara de chamar Micael de panaca.
- Ah, qual é? – respondi em voz alta - Micael é maravilhoso, talentoso, sexy...
Ele deu uma risada.
- Cai na real, Lua. O cara é um cabeça-oca. Além disso, namora a toninha da Sophia desde garotinho.
Balancei a cabeça negativamente. Sempre me surpreendo com a falta de percepção dos homens em saber o que as mulheres vêem de atraente em um rapaz.
- Só para você ficar sabendo. Sophia foi para uma faculdade bem longe. Micael está disponível.
- Bem, então sorte sua.
Arthur começou a se exercitar sem sair do lugar e senti que ele não teria mais nada de útil para dizer sobre o assunto.
- É isso aí. Pelo menos dessa vez, SORTE MINHA. Agora se me der licença, tenho de ir à biblioteca.
Não disse a ele que queria pesquisar alguns poemas antes de ajudar Micael no trabalho, porque Arthur não entenderia o que significava se preparar. Saí da pista com a cabeça erguida. Claro que o deixei com ciúmes. Eu tinha conseguido um ótimo começo em relação a nossa aposta, e ele certamente não agüentaria pensar que poderia perder. Corri para o meu carro, com a mochila balançando nas costas. Tarde da noite eu ainda me revirava na cama, tentando pensar no poema perfeito para Micael ler em sala de aula na sexta-feira. Podia antever seu rosto se iluminando enquanto lia e a forma como iria entender o porquê de eu ter escolhido precisamente aquele poema. Ele tomaria minhas mãos nas suas e sua boca se aproximaria da minha. Bem na parte em que Micael se preparava para me beijar apaixonadamente, meu telefone tocou. (Meus pais me deram minha própria linha telefônica aos catorze anos, já que praticamente vivia pendurada no nosso telefone.) O som do toque fez meu coração acelerar. Será que Micael e eu podíamos nos comunicar mentalmente?
- Alô?
- Sou eu.
Imediatamente me senti uma boba. Sempre ficava contente em ouvir a voz de Arthur, mas não era bem ele quem estava esperando ouvir. Olhei para o relógio na cabeceira.
- O que foi? É tarde.
- É sim. Adivinhe o que o seu super amigo tem para contar?
- Você já se apaixonou?
Só mesmo Arthur para achar que encontrara a garota perfeita em apenas oito horas depois da última vez que tínhamos nos visto.
- Não, CASABLANCA está passando na “Sessão Corujão”. Canal quatro.
- Ligo para você em seguida.
Desliguei e pulei da cama, indo para o estúdio onde temos uma televisão e um telefone. Meus pais estavam dormindo e, por isso, não acendi luz nenhuma. Sob o clarão vindo do aparelho de TV, disquei o número de Arthur. Ele atendeu ao primeiro toque.
- Humphrey Bogart acabou de vê-la pela primeira vez. Ela está ouvindo Sam tocar piano.
- Eu sei. Acabei de ligar a TV.
Sentei-me no sofá com o telefone ao ouvido. Arthur e eu às vezes assistíamos a um filme falando ao telefone. Mesmo que não conversássemos muito, gostávamos de ter alguém para comentar as passagens que nos emocionavam mais. Casablanca era nosso filme favorito de todos os tempos. Uma hora e meia depois eu tentava abafar meus soluços, mas mesmo assim Arthur sabia que eu sempre chorava quando ficava claro como era impossível o amor entre Rick e Ilsa.
- Lua, está chorando de novo? Você já viu esse filme umas trinta vezes.
- Eu sei – respondi enxugando os olhos - Mas mesmo assim continua sendo triste cada vez que vejo.
Eu estava quase sussurrando, porque não queria acordar meus pais.
Arthur riu delicadamente.
- Você é romântica mesmo, não é?
- Ah, eu apenas sou sensível a filmes românticos.
- Bons sonhos, Lua.
- Bons sonhos, Thur.
Desliguei o telefone e a televisão. Enquanto voltava para meu quarto, lembrei de que não tinha escolhido o poema para Micael.
- Chama-se “Canção para beber” – disse micael – Olha, Yeats criou uma metáfora entre beber vinho e estar apaixonado.
Quase desmontei quando percebi o que havia dito, me senti mortalmente envergonhada. Será que Micael ia pensar que escolhi aquele poema de propósito, que estaria sugerindo que ele e eu ficássemos apaixonados ou coisa parecida? Então resolvi não esquentar a cabeça. A maioria dos poemas é sobre amor, ele não iria pensar que eu tinha segundas intenções.
Micael sorria de modo irônico ao meu lado.
- Heinsohn vai ver só uma coisa. Ela sempre está falando sobre metáforas e coisas do tipo e tudo o mais sobre poesias.
- Sim, ela vai gostar deste. Podemos conversar mais sobre a interpretação depois da aula... Se você quiser.
Ele fechou o livro de poesias e colocou a mão sobre meus joelhos. Tocou por apenas um instante, mas me fez estremecer toda.
- Você é a melhor Lua.
Então se levantou segurando o livro. Fiquei observando enquanto ele ia embora e admirando seu jeans desbotado, que realçava seu corpo. Será que Micael nunca me enxergaria com O amor da sua vida, desses amores escritos nos poemas de Shakespeare?
Será que algum rapaz alguma vez me veria daquele jeito? Toquei meu joelho onde Micael havia colocado a mão e pensei no que Arthur poderia dizer nesse caso: "Você tem de ir à luta, Lua. Ou a vida vai passar sobre você como um rolo compressor."
Bem, mesmo Arthur não achando que Micael fosse grande coisa, eu adotaria a filosofia de vida do meu melhor amigo. Já estava cansada de ficar de fora do jogo do amor... Droga! Vai ver que eu andara lendo poesia demais...
Continua…












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Continua....

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Adaptado
Nomes alterados por: Mari
By: Blog LuAr Perfect
Inspirado no livro “Mais que um Amigo” de Elizabeth Winfrey 
Postado por: Mari

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