Capítulo 2 - O que é essa coisa?


O sinal tocou para a aula de ciências, e lá vamos nós para a tortura!

[...]

A aula passou da forma mais torturante possível! O tempo passou tão devagar que eu achei que ia parar, até achei que o relógio estava com a pilha fraca.


Finalmente o sinal tocou e eu juntei meus materiais rapidamente, querendo sair logo daquele inferno.

Vocês devem estar achando que eu sou aquelas pessoas do fundão, que não fazem nada e burra pra caralho, mas não, apesar de eu não prestar muita atenção na aula, minhas notas são sempre boas, consigo passar de ano facilmente, sem esforços. Não me considero uma nerd, até porque tenho minhas dúvidas como todo mundo.

Então, focando, sai elo portão da escola, fazendo o mesmo trajeto de sempre, sozinha.

Estava com uma sensação estranha, parecia que alguém estava me seguindo, mas toda que vez que eu olhava para traz não havia ninguém.

Quando estava quase chegando em casa ouvi passos atrás de mim e me virei, dando de cara com uma menina, ela estava com suas roupas rasgadas e seus rosto estava sujo, achei que era uma menina de rua, então comecei a andar mais rápido, nunca se sabe.

Faltando duas casa para chegar na minha alguém segurou meu braço, estava pronta para dar um soco (sim, eu sei lutar, problem?), mas me deparei com a mesma menina que tinha visto antes.

– Quem é você? – perguntei para a menina, que viu que não ia fugir e soltou meu braço.

– Sou Tina Jones, vim do Acampamento Meio-Sangue, precisamos que você vá para lá o mais rápido possível, seu cheiro é muito forte e atrai muitos monstros.

– O que? – perguntei, aquela menina estava ficando louca.

– Seu pai não contou ainda?

– Contar o que?

– Aff – ela exclamou e me puxou até a porta de minha casa, podia ter impedido, mas ela tinha me deixado confusa.

Meu pai abriu a porta, dando de cara com nós duas.

– O que você está fazendo aqui? – perguntou meu pai, não respondi, ele estava se referindo a menina ao meu lado. Como assim eles se conheciam.

– Você ainda não contou para ela não é? Precisamos levar ela até o Acampamento, ela está em perigo aqui – meu pai olhou de Tina para mim, ele suspirou.

– Eu ia falar agora, mas entre – falou e deixou nós duas entrar.

– O que vocês estão escondendo de mim? – disse para os dois em minha frente, sendo que um deles eu nunca tinha visto na vida.

Meu pai mandou eu sentar e assim fiz.

– Bom filha, sabe os deuses gregos? – assenti, mesmo não vendo sentido naquela conversa. – Eles tem filhos com mortais que se chamam semideuses ou meio-sangues, e bom, você é um deles – aquilo me atingiu com tudo. Como assim eu sou filha de um Deus? Como isso é possível.

– Mas e você – disse me referindo a garota.

– Vim te levar para o único lugar seguro pra nós: o Acampamento Meio-Sangue. – respondeu ela.

– Você também é um semideus? – ela sorriu e assentiu.

– Sou filha de Atena.

– Atena, deusa as sabedoria e da estratégia?

– Sim, como você sabe tanto de mitologia? Normalmente ninguém sabe nada sobre isso.

–Bom, eu adoro ler e acabei lendo livros de mitologia, me interessando.

– Mas você não tem dislexia?– perguntou ela franzindo a testa.

– Não, por quê? Devia ter? – falei confusa.

– Normalmente os semideuses tem dislexia, mas deixa para lá, você tem um cheiro muito forte e precisa ir o mais rápido possível para o Acampamento.

– Como assim cheiro forte?

– Os semideuses tem cheiro, o que serve mais para um radar para os monstros, mostrando onde você está. – concordei. Eu tinha intendido, mas aquilo foi jogado para cima de mim tão rápido.

– Bonnie, arrume uma mochila para você, vou levar vocês duas para o Acampamento Meio-Sangue agora, já que você já sabe sua verdadeira identidade e seu cheiro ficou mais forte. – meu pai disse e eu fui até meu quarto, indo até meu armário e abrindo a porta de cima onde estavam as malas e mochilas.

Peguei uma mochila que estava e coloquei quanta roupa cabia na mesma, peguei outras coisas que precisava e desci.

Tina e meu pai estavam conversando, decidi escutar, sei que é feio, mas meu lado curioso foi mais forte.

– Você vai contar para ela quem é sua mãe olimpiana? – perguntou Tina.

– Não, vou deixar ela ser reclamada como todos. Acho que Á.. – ele não terminou de falar, sabe o por quê? Adivinha se a desastrada aqui não caiu. Como? Nem eu sei.

– Você está bem? – perguntou meu pai, mas sabia que ele queria rir.
Levantei emburrada do chão e disse:

– Vamos?

Eles assentiram e meu pai foi pegar a chave do carro. Tentei puxar assunto com Tina.

– É legal lá?

– Lá onde?

– No Acampamento Meio-Sangue.

– Ah sim, é o lugar mais incrível que você possa imaginar, lá é uma verdadeira família, mas
vou mostrar tudo para você quando chegarmos lá. – ela falou sorrindo. Eu apenas assenti.

Meu pai voltou com a chave e saímos, entrando dentro do carro.

Quando estávamos saindo ouvi um barulho, parece que Tina também, pois se virou. Arregalamos os olhos quando vimos o que tinha feito aquele barulho.

– Acelera ai tio! – gritou Tina, queria rir, pois meu pai odeia quando chamam ele de tio, mas aquela não era a hora. – O que essa criatura está fazendo aqui? – murmurou Tina.

– Que monstro é esse? – perguntei assustada para a mesma

– É um drakon, suas escamas são mais duras que titânio, tem alguns que soltam fogo e haja o que houver nunca olhe nos olhos deles, se não você vira pedra.

– Como matamos essa coisa? – olhei para a mesma, aquilo parecia impossível, ainda mais que ele tinha escamas como titânio.

– Uma filha de Ares, Clarisse La Rue, matou um Drakon, primeiro cegando-o e depois dando uma descarga elétrica. Mas não temos nenhum filho de Zeus por aqui, a única coisa que podemos fazer é correr, até, pelo que eu percebi, essa coisa é bem lenta, pode ser mortal, mas lenta.

– Pai, acelera! – gritei para ele que estava no banco da frente, que apenas murmurou, pois já estávamos quase chegando a 200k/h.

E seja o que Deus quiser, ou agora devo dizer: o que os Deuses quiserem?

Postado por: ~Nellu
Autor(a): Ju Potato (Júlia Linck)
Capitulo: 2

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe Seu Comentário ...