Alberto odeia a mãe, Guiomar, pelo abandono que sofreu. Malu não se dá
bem com Bárbara Ellen, que sempre preferiu a companhia da filha adotiva,
Amora, a quem conseguiu transformar em sua imagem e semelhança. Paloma
não consegue entender porque não se sente amada por Pilar, geralmente
tão carinhosa até com os estranhos. E Valdirene tem uma relação de
parceria com Márcia, mas a cada dia que passa sente mais forte a
sensação de que é uma mera mercadoria nas mãos da ex-chacrete.
E Xepa, pobre Xepa, faz o impensado para dar conforto
a Rosália e Édison, mas só recebe em troca revolta e ingratidão. O
conturbado relacionamento entre mães e filhos sempre rende muito para os
folhetins, sejam eles para o cinema, teatro e televisão. Eu adoro! E
não é à toa que alguns de meus filmes favoritos abordam tema, como
Imitação da Vida (1959), Almas em Suplício (1945), Frances (1982), Laços
de Ternura (1983) e Preciosa – Uma História de Esperança (2010), entre
muitos outros.
Nas novelas em cartaz, mães e filhos se engalfinham em verdadeiras
guerras causadas por excesso e/ou falta de amor. Os citados no início do
texto são os mãos emblemáticos, por se situarem entre os núcleos
principais.
(….)
Por fim, em Dona Xepa, estamos acompanhando a história clássica
da mãe humilde, ignorante e batalhadora, que destinou toda sua energia e
força de trabalho para dar o melhor para seus filhos. Só que Rosália
(Thaís Fersoza) e Édison (Arthur Aguiar) não dão o devido valor
aos esforços da feirante vivida por Ângela Leal. Teremos um rio de
lágrimas que precisará de muito empenho do autor, Gustavo Reiz, e dos
atores para não se transformar numa corredeira descontrolada. Sim,
porque um bom drama a gente curte demais, mas um dramalhão sem noção não
dá! Por enquanto eles estão indo muito bem.
Teria ainda muitos outros exemplos para analisar, como os embates entre
Lia (Alice Wegmann) e Raquel (Patrícia Vilela), em Malhação, ou as
mútuas decepções que ligam Hélio (Raphel Viana) e Bibiana (Cyria
Coentro), em Flor do Caribe. Ou ainda a desnecessária superproteção de
Rosemere (Malu Mader) pelo filho, Filipinho (Josafá Filho), em Sangue
Bom. São muitas experiências, a maior parte delas rendendo sequencias
maravilhosas nas novelas. Pode até ser clichê, mas que os explosivos
relacionamentos entre mães e filhos sempre rendem babado, gritaria,
confusão e boas histórias, ninguém pode negar!
Fonte: Contigo!
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